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RGInt de Patos de Minas apresentou aumento das exportações em 20,29% no primeiro semestre de 2023

Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Patos de Minas – junho de 2023
por Henrique
Publicado: 18/10/2023 - 16:21
Última modificação: 05/12/2023 - 15:36

No Boletim de Comércio Exterior da Região Intermediária de Patos de Minas (RGInt), do 1º semestre de 2023 (1ºS de 2023), é visto que as exportações da Região (US$ 1,10 bilhão, R$ 5,58 bilhões e 16,23% do seu PIB ) foram 20,29% superior às exportações no primeiro semestre de 2022 e a toda série histórica (desde 1997). Para o volume exportado (601 mil toneladas), este foi 31,02% superior ao exportado no primeiro semestre de 2022.

Pelo Índice calculado, que trata dos preços, das quantidades e do valor, o aumento do valor exportado no primeiro semestre se deu pela expansão do volume exportado (23,19%), uma vez que o período foi de queda dos preços (-2,75%).


Dos 34 municípios que compõem a Região, Paracatu (US$ 602,90 milhões) e Patrocínio (US$ 231,19 milhões), nessa ordem, foram os maiores exportadores, concentrando 75,61% do valor total no período  (Tabela 2). Em relação à elevação do valor exportado nesse ínterim, destaca-se o município de Paracatu (impacto de 19,08 p.p. sobre o valor total exportado). Em relação às quedas, destaca-se a forte redução das vendas de Unaí (impacto de -5,05 p.p.).

Dos 46 produtos exportados pela RGInt no 1ºS de 2023 (Tabela 3), o Ouro concentrou 50,24%, e foi o principal vetor de expansão (impacto de 15,17 p.p.) das vendas para o exterior. O aumento das vendas desse produto ocorreu principalmente pela expansão do volume negociado (33,59%) (Tabela 4). Em menor grau, mas também importante, foi a expansão das exportações de Soja (impacto de 2,56 p.p.) e Café (impacto de 1,43 p.p.). Destaca-se que o valor exportado de Ouro e o valor e o volume de Café foram os maiores das suas respectivas séries (desde 1997).

Dentre os principais resultados para os produtos exportados por município, no 1ºS de 2023 (Tabela 5), destacam-se o aumento das vendas de Ouro e Soja por Paracatu (impactos de 15,17 p.p. e 4,69 p.p., respectivamente) e a queda de Soja por Unaí (impacto de -4,82 p.p.). O aumento das exportações por Patrocínio ocorreu, principalmente, em Soja e Café (impactos de 1,16 p.p. e 1,12 p.p., respectivamente).


Para o valor e a quantidade exportada pelo Brasil, dos mesmos principais produtos vendidos ao exterior pela Região (Tabela 6 e Tabela 7), ressalta-se que o 1ºS de 2023 foi de variação positiva do valor (10,65%) e do volume exportado (23,49%) em relação ao 1ºS de 2022, mas em números inferiores aos da RGInt de Patos de Minas. Em relação aos produtos em separado, enquanto a RGInt exibiu aumento do valor e da quantidade exportada de Ouro e Café, o Brasil como um todo demonstrou redução.


No 1ºS de 2023, Suíça (28,89%), Canadá (21,77%) e China (17,12%) foram as maiores compradoras da Região, sendo que essa primeira foi o principal vetor de expansão do valor exportado da RGInt nesse período, responsável por 15,51 p.p. (impacto) (Tabela 8). O aumento das vendas de Ouro ocorreu, sobretudo, para a Suíça (impacto de 15,53 p.p.), enquanto os aumentos das vendas de Soja advieram, principalmente, da China e Rússia (impactos de 1,28 p.p. e 1,28 p.p., respectivamente) e Café por Itália e Japão (impactos de 1,27 p.p. e 1,13 p.p., respectivamente)(Tabela 9).


Para a análise por Fator Agregado (Tabela 10), viu-se que os produtos classificados como Semimanufaturados foram os principais exportados (50,24%), e, pela Classificação Internacional Padrão por Atividade Econômica (SIIT), a maior parte foi da Indústria de Média-Baixa Tecnologia (50,24% do valor total) (Tabela 11).

 

Os dados sobre importações e mais informações podem ser encontradas no Boletim completo, disponível aqui!

 


Henrique Ferreira de Souza
Doutor em Economia e Economista/Pesquisador do Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (CEPES)
Instituto de Economia e Relações Internacionais (IERI)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

 

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